quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Sobre hoje, sobre os próximos tempos...

Sobre hoje e sobre os próximos tempos...
Perdi a conta ao número de vezes em que estive naquele Tribunal e, ainda assim não fui ouvido! Hoje, como de resto tem vindo a acontecer, estive uma vez mais presente mas, na hora da chamada, para além dos advogados só lá estava eu. Não fiquei surpreso. Sabia que a mãe do Gonçalo, naturalmente incumpridora e faltosa, não estaria presente.
Senti uma estranha serenidade e uma paz que sempre julguei não ser possível. Aguardei!
Sem surpresa o Magistrado chamou apenas os advogados ignorando, uma vez mais o facto de ali me ter deslocado, em cumprimento de uma notificação com evidente prejuízo para a minha vida profissional e, claro está forte desgaste pessoal. Aguardei cerca de 45 minutos no corredor onde vão sendo depositados pais, mães, ex casais...enfim! Fiquei a apreciar o ambiente e, principalmente a pasmar com as conversas à minha volta.
Não tinha grande expectativa quanto a uma decisão mas, pelo menos aguardava por mais um passo em frente. Ainda com um sabor amargo sinto, no entanto que o passo dado foi, desta vez maior! Sem a presença da Senhora Procuradora, o Juiz deste processo, alertado pelo meu advogado lá decidiu conceder um curto prazo de 15 dias para a determinação da data de chegada do Gonçalo. Ora, se bem percebi o que me foi transmitido, dentro de 15 dias, na ausência de resposta que, sinceramente me parece o mais evidente, o Juiz marcará, ele próprio uma data para a Audiência de Julgamento e, mais do que isso uma data precisa para que o Gonçalo seja transportado a Portugal.
Ameaças à parte, saudades e ausências de lado...parece que finalmente há uma posição clara, objectiva e aparentemente determinada a concluir um processo que está pendente à demasiado tempo.
Saí do Tribunal sem uma decisão definitiva mas com a sensação de uma maior proximidade do Gonçalo.
Entretanto fiquei a saber que o meu filho se encontra em Angola sem visto adequado para o efeito facto que, como imaginam comuniquei já às autoridades angolanas solicitando o início de um processo de expulsão da mãe e do menor em conformidade com o previsto na legislação aplicável. Uma questão de tempo! Demasiado tempo para quem não vê o Gonçalo desde o dia 2 de Janeiro de 2009!
Aos amigos que ali estavam à minha espera, muito obrigado pela surpresa, pela amizade, pelo abraço!
A todos os que me deixaram comentários, mails, sms e me telefonaram...bem hajam!

Crime de ameaça!

Bom dia!
Como poderão verificar pela análise dos comentários ao post anterior, fui vitima de um crime de ameaça ontem, às 15h01m. Porque esta não foi a primeira vez, tinha já instalado um programa com vista à identificação dos eventuais infractores. Assim, na sequência daquele ameaçador comentário procedo ainda hoje a uma denúncia junto das entidades competentes.
A todos quanto aqui me deixaram o seu apoio e confiança, muito obrigado.
Um abraço

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

...tudo se repetirá?

Está marcada para amanhã, às 15h00m mais uma diligência no Tribunal de Familia e Menores do Porto. Fazendo fé na minha intuição, confortada por comentários de terceiros, a mãe do Gonçalo faltará, uma vez mais. Tudo se repetirá? Tenho trocado várias impressões com juristas, advogados e magistrados sobre o que poderá acontecer. As opiniões são diversas e, muitas delas divergentes. Não imagino em que condições e com que novidades terminará o meu dia de amanhã. Ou melhor, o dia e o futuro da minha família continuará em suspenso? Teremos, finalmente uma decisão?
Desde Dezembro de 2007 até à data a mãe do meu filho Gonçalo já incumpriu, de forma repetida, reiterada e sucessiva o Regime de Visitas. Aliás, em número já o incumpriu 8 vezes! Vejamos:
1 - O Gonçalo não veio a Portugal, como deveria ter vindo em Dezembro de 2007 (1 incumprimento)
2 - O Gonçalo veio a Portugal no ano de 2008, apenas uma vez quando deveria ter vindo quatro vezes; (3 incumprimentos [já para não falar nas informações de saúde e educação!])
3 - O Gonçalo não veio a Portugal durante todo o ano de 2009 quando, na verdade deveria ter vindo 4 vezes. (4 incumprimentos)
Ora, quantificando o que para mim é inquantificável, 1+3+4= chegamos ao número 8!
OITO! Oito incumprimentos que resultam, como imaginam em muito sofrimento, em perdas de momentos impossíveis de recuperar, em saudade, em dúvidas, em medos.
Quando se poderão conhecer os meus filhos?
Amanhã tem o Magistrado Judicial a possibilidade de, finalmente decidir e, naturalmente cuidar pela execução da sua decisão. Aguardo, na expectativa!
Torçam por nós!
Obrigado a todos

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Dias chuvosos...

Estes dias chuvosos, frios e com tom de cinzento deixam-me mais nostálgico e com uma sensação de fragilidade. Olho para o João e aprecio a felicidade que o olhar dele transmite, sinto que é uma criança serena, sinto que se sente tranquilo e seguro, estou certo de que vive confortável, sem medos, confiante na sua protecção. Sinceramente lembro-me muitas vezes do Gonçalo com a mesma idade, com um sorriso idêntico e um olhar mais desconfiado mas igualmente feliz. Fico a imaginar o que estará a fazer, o que sente e o que pensa. Imagino se ele entenderá que o gosto tanto, que não desisto de ser o seu pai e tenho esperanças em o ver em breve.
Recentemente consegui falar com o Gonçalo que, continuando sem saber quando vem a Portugal me deu o endereço do msn. Como imaginam adicionei-o de imediato e, naquele mesmo dia falei com ele (confiando que era ele) por breves minutos. Breves minutos porque se desligou para ir jantar. Desde aquele dia até hoje nunca mais o encontrei on-line! Fiz uma daquelas pesquisas sobre quem nos bloqueia no msn e, claro está, verifiquei que o endereço do Gonçalo bloqueou o meu endereço. Fiz uma impressão desse comprovativo porque estou certo de que para o Gonçalo estarei sempre off line! Formas, maneiras de tentar provar que o pai não lhe liga, de que o pai não o cuida. Por cá continuo a juntar a prova do contrário e a lutar, a lutar sempre para ter o meu filho de volta.
Em breve o João fará 8 meses e ainda não conhece o irmão! Estou exausto...Às vezes tenho a sensação de não aguentar o peso dos olhos, de ter a cabeça a estourar de dor. Às vezes parece que o tempo passa demasiado rápido. Tão rápido que não vejo o meu filho desde o dia 2 de Janeiro de 2009 mas tenho a sensação de que o deixei ontem naquele lugar, em casa da mãe.
Até já

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Nada do Gonçalo!

Passou o Natal, festejamos a passagem do ano, passaram os reis e do Gonçalo nada! Há mais de um ano que não o vejo, há mais de um ano que não tenho notícias fidedignas sobre o meu filho. Há mais de dois anos que aguardo uma decisão sobre o incumprimento da mãe do meu filho referente ao Natal de 2007. Há mais de dois anos que a mãe do Gonçalo não honra o Regime de Visitas acordado ou, melhor dizendo, há mais de 6 anos que cumpro sem ver cumprido esse regime!
Tenho falado esporadicamente com o Gonçalo na sequência de inúmeras tentativas minhas de contacto e, como imaginam pergunto-lhe quando vem de férias a Portugal, quando prevê visitar-me, conhecer o irmão, estar com toda a sua família paterna e amigos. O Gonçalo não me sabe responder. Aliás, repetidamente me diz que virá em Janeiro. «Vou em Janeiro papa». Em Janeiro filho? Já estamos em Janeiro. Hoje é dia 8 de Janeiro e, em boa verdade as aulas do meu filho recomeçam no dia 2 de Fevereiro. O que se pretende? Pretenderá a mãe do Gonçalo que eu prive com ele, uma vez mais apenas 16 dias num ano?
No próximo dia 20 de Janeiro está marcada, como disse já, mais uma conferência de pais. Mais uma! Desde Fevereiro de 2008 que corro para o Tribunal de Família e Menores do Porto em cumprimento das notificações. Já lá fui inúmeras vezes e, em boa verdade nunca se decidiu nada. Continuo à mercê da vontade de todos. Continuo à espera que alguém decida a minha vida, a vida do meu filho, a vida dos meus filhos que ainda nem se conhecem.
Em menos de um ano o Tribunal da Comarca de Gondomar, na pessoa de uma diligente e excelente profissional, Procuradora junto do Ministério Público conseguiu, por observação dos documentos juntos ao processo de família e inquirição de todas as partes, incluindo a mãe do meu filho Gonçalo, concluir e acusar a mesma por crime de subtracção de menor. É certo que até ao trânsito em julgado de uma Sentença todos são inocentes mas, ainda assim, houve um trabalho de estudo, leitura atenta e observação que culminou numa conclusão bem clara e objectiva. É só este o trabalho que peço ao Tribunal de Família e Menores do Porto: Ler os documentos do processo, ouvir as partes com atenção, ler os e-mails trocados entre os pais do Gonçalo e, com naturalidade, em consciência decidir o que é melhor para o menino.
Francamente! Todos temos o direito a uma Justiça atenta e célere. O que dizer se não vejo o meu filho há mais de um ano perante a distracção claro de todos os meios judiciais?