sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Psiu...

Tenho aqui os meus dois filhotes juntos, ao meu lado!
Amanhã conto tudo...Obrigado!

sábado, 13 de novembro de 2010

"Mani, não há mani!"

Tanto tempo! A sensação que tive ao olhar para o último texto do blog foi a de que o tempo passou e eu mal dei por ele. Todos os dias me agarro à certeza de que o tempo devia parar até ao dia em que possa voltar a ver, a estar, a viver com os meus filhos por perto. Parar o tempo é reservar as memórias e viver em cada segundo sem as perder. Tenho memória de cada dia que passei com o Gonçalo. Lembro-me bem do tom de voz, dos gostos, das vontades, do som das gargalhadas, da força do abraço e do silêncio do sorriso. É a minha memória, são as minhas memórias que pararam o tempo e me fizeram ficar surpreso com a data da última vez que escrevi neste blog.
Do Gonçalo pouco sei ou, melhor dizendo nada sei! Por confirmação de um primo que esteve em Angola sei que ele está por lá mas sem indicação da morada ao certo e nem da Escola em que estuda. Os contactos continuam a ser difíceis, quase impossíveis. Sempre que telefono ou não me atendem ou me rejeitam a chamadas. As poucas vezes que consegui falar com o meu filho senti a tensão dele, ouvi os comentários e as pressões ao lado e acabei por desligar demasiado cedo e sem lhe contar tudo o que gostaria de lhe contar. Nunca deixei de lhe falar do João e do quanto nos faz falta. Sempre tentei contar-lhe o mais importante mas, ainda assim desligamos sempre sem tempo de saber e ouvir o suficiente. Que falta me faz ...
No Tribunal de Família e Menores do Porto aguardam-se os resultados a apresentar pela Segurança Social. A ver vamos...Confesso-me ansioso por uma decisão definitiva e, de alma limpa aguardo toda e qualquer intromissão capaz de me avaliar e de avaliar a minha capacidade para assumir as responsabilidades parentais em relação ao Gonçalo. Uma coisa é certa: não serei capaz de magoar o meu filho e, por essa razão nunca deixarei de garantir que ele conviva com as pessoas que fazem parte da sua vida. A mãe, os irmãos, os avós...nenhuma chamada será esquecida e muito menos rejeitada.
O João fala todos os dias no irmão. Corre pela casa a chamar pelo "mani", entra nas lojas e procura o "mani"...termina sempre a dizer "não há mani" e eu penso...há sim filho e não tardar estará ao nosso lado!
Volvidos mais de sete anos desde o início da estória das nossas vidas ...continuo a aguardar, continuo certo de que seremos felizes, todos!