terça-feira, 29 de setembro de 2009

Mentes doentes?

Definitivamente é impossível entender o que pretende a mãe do meu filho Gonçalo. Ao que parece, fazendo fé em mais uma informação chegada de Angola, a minha ex mulher terá enviado para Portugal os dois filhos mais novos permanecendo no Lobito com o companheiro e o meu filho. Uma vez mais retiro a conclusão da evidência: Nenhuma das três crianças está com o seu pai! Incompreensível e, sinceramente doentio.
O que me fica é exactamente que Angola não será um país adequado para educar e criar os dois filhos mais novos mas, obviamente por raiva e guerrilha pessoal será um país que serve para o Gonçalo com o claro intuito de o alienar da verdadeira família paterna. Com franqueza começo a entender isto como uma psicose, uma obstinação sem sentido e desprovida da desejada racionalidade que, espero eu, irá terminar em breve às mãos do Magistrado responsável por este processo.
Na última peça entregue em Tribunal foram desmentidas, com comprovação documental todas as alegações da mãe do Gonçalo. Ponto por ponto, cada alínea, cada inverdade foi objecto de comentário, explicação e contradição com documento original e fidedigno. Objectivamente acredito que o Juiz do processo tem agora tudo o que precisa para decidir em consciência e, finalmente perceber o que se tem vindo a passar neste processo de loucura e falta de discernimento. A ver vamos...
Exausto mas sem sair do caminho ...
Um dia depois do outro e já passaram mais de nove meses desde a última vez que vi o meu filho...

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Sobre coisas que nunca mudam...

Sobre coisas que nunca mudam, amores que só crescem, emoções que nunca desaparecem e tristezas que nos magoam!
Podemos mudar um cem número de coisas. É possível decidir alterar por completo o guarda roupa, mudar radicalmente a imagem, viver numa nova casa, numa diferente cidade, abraçar novos projectos profissionais e conhecer novas pessoas fazendo ou não novos amigos mas, em boa verdade há coisas que nunca mudam, nunca se alteram um só milímetro. É exactamente isso que sinto. Posso decidir comprar um fato, posso adorná-lo com uma especial gravata, optar por uns sapatos como nunca pensei usar mas, pese embora isso altere por completo a minha imagem não toca, nem por um pequeno pedaço no que sinto quando olho para os meus filhos, no que penso quando os imagino ou sinto no meu colo. O sorriso dos meus filhos preenche-me sempre e para sempre da mesma forma, intensa e surpreendentemente mágica.
No próximo dia 6 de Outubro, como já tive oportunidade de escrever está marcada mais uma diligência no âmbito do processo que corre termos no Tribunal de Família e Menores do Porto. Pensando na minha experiência anterior e fazendo fé nas informações que me vão chegando, quase me atrevo a afirmar que a mãe do Gonçalo não vai comparecer tentando, dessa maneira ganhar tempo e, consequentemente retirar-me tempo ao lado do meu filho. O costume! Decididamente espero que o Juiz, perante a falta não proponha o adiamento ou uma nova data. Julgo que seria indigna tal sugestão ou solução para alguém que, como eu e o Gonçalo, pai e filho, nos últimos dois anos apenas pode contar com cerca de 15 dias na companhia um do outro...
Dia 6 de Outubro faz um ano que soube que voltaria a ser pai. É verdade! Foi no dia 6 de Outubro de 2008 que soubemos estar à espera do João. Francamente acredito que seja um bom presságio e nos traga sorte naquela conferência. A ver vamos.
No dia de hoje aqui fica um beijo especial para a Filipa. Muitos parabéns! (www.voandopelavida.blogspot.com)

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Minutos de conversa...

Depois de muito insistir, depois de passar dias a ligar para os números que me foram facultados, depois de enviar várias mensagens escritas consegui, finalmente falar com o meu filho Gonçalo. No sábado passado, cerca da 14h00m, numa das muitas ligações que fiz o Gonçalo atendeu e falou comigo. Curiosamente, pese embora as tantas vezes que tentei ligar, a primeira coisa que o meu filho me disse foi "Ah! Já não me falavam há muito tempo!"...Fiquei por segundos calado e incrédulo. Para além de não me atenderem e não responderem às chamadas ainda tentam convencer o meu filho de que não lhe telefono, de que não me preocupo com ele!
Com o Gonçalo tenho a grande vantagem de nunca lhe ter mentido, de termos uma relação de confiança e cumplicidade, o meu filho, embora distante sabe que conta sempre comigo e, por essa razão, mal lhe disse que tenho ligado sempre, mal lhe disse que nunca me esqueço dele senti a tranquilidade na sua voz e não tenho dúvidas de que ele acreditou na minha palavra. De uma ou de outra forma, por cautela aqui vou guardando as provas das minhas tentativas de contacto. Pedi-lhe para me ligar de vez em quando. O meu filho nunca me liga, nunca é estabelecida uma ligação de Angola para cá e, sinceramente tenho a certeza de que ele sente saudades do pai e pensa em falar mas...a quem o vai pedir?
Acabamos o telefonema a falar do João e na vontade que sinto de os apresentar e ver juntos...em breve...para breve.
...post às 23h30m num dia em que, pese embora tudo o que aconteceu de positivo não me sinto com muita vontade de escrever, de partilhar sentimentos ou emoções. Exausto! Ansioso por ter a minha família junta, tranquila, em paz...

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O caminho mais fácil!

Ao observar uma série de pessoas à minha volta, acabei por chegar a uma conclusão que me surpreendeu: As pessoas escolhem sempre o caminho mais fácil!
Na verdade, vejamos a atitude da mãe do Gonçalo... Seria bem mais difícil assumir uma relação de respeito e cordialidade comigo e com a minha família; seria bem mais difícil aceitar que existiu um passado que culminou com o nascimento de uma criança; seria bem mais dificil manter a existência de uma vida diferente. Para mim, acreditem também seria mais confortável passar adiante e não ter que sujeitar a minha família, as pessoas que partilham os dias comigo a tanta acusação, loucura e desespero mas...NÃO! Não aceito tomar o caminho mais fácil! O meu caminho é aquele em que me encontro com os meus filhos, os meus dois filhos. Não admito facilidades e estou disposto a assumir e enfrentar todas as dificuldades mas...tenho dois filhos!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

"Rota temporáriamente indisponível!"

"Rota temporariamente indisponível!". Esta é a frase que mais tenho ouvido nos últimos dias. Tenho tentado falar com o Gonçalo vezes sem conta mas, todas elas sem sucesso! Normalmente o telefone toca duas a três vezes, de seguida a chamada é rejeitada e ouço a dita mensagem. Tento imaginar o que se passará para eu não conseguir falar com o meu filho. A primeira coisa que me ocorreu foi de que algo poderia ter acontecido ao meu filho mas, pese embora a aflição e o susto inicial rápido me convenci de que o motivo não se relaciona com o Gonçalo. Desde o início desta minha experiência de distância, as razões porque não consigo falar com o meu filho estão sempre relacionadas com a minha ex mulher e não com o pequenino. Hoje chegou uma notícias de que, aparentemente a mãe do Gonçalo não estará com ele e, por essa razão não o pode colocar em contacto comigo...Será? Já pedi informações fieis para confirmar esta cuja proveniência é duvidosa.
Por aqui continuamos os três vivos, juntos e com muitos planos. Temos comprado vários presentes para o Gonçalo. Não porque ele está longe mas, antes porque temos encontrado coisas interessantes que julgamos ser do seu agrado. Na verdade, ao longo do ano os pais vão oferecendo presentes aos seus filhos, não é assim? Então, nessa linha de pensamento entendi que deveria ir comprando presentes ao meu filho como se ele estivesse em casa ao final do dia para os receber. Conto em breve poder dar-lhe todas as surpresas e observar o sorriso dele e a energia a abrir cada embrulho.
O Gonçalo sempre foi uma criança muito expressiva. Aliás, o João, apesar de muito pequenino, também já demonstra ser uma criança muito expressiva. Sempre foi o máximo levar o Gonçalo ao cinema, ouvir uma música nova ao lado dele ou ficar a ver a energia com que abre um presente. Tudo se mantém no quarto dele, em cima da cama, devidamente embrulhado e com os laços da praxe para, em breve podermos aproveitar a emoção de um momento único.
Saudades do meu filhote!