segunda-feira, 16 de novembro de 2009

"Filhos de pais em guerra"

Presumo que muitos dos que por aqui passam tenham visto, esta noite a reportagem da SIC denominada "Filhos de pais em guerra". Eu vi! Aqui por casa, naturalmente estávamos atentos e não conseguimos tirar os olhos do televisor. O nosso telefone tocou. Familiares e amigos aconselhavam a reportagem que nós já estávamos a ver praticamente sem respirar.
Uma palavra especial para a equipa que desenvolveu aquele trabalho. Parabéns! Parabéns porque, notoriamente, na óptica de alguém que pouco entende sobre jornalismos, em boa verdade na óptica de um utilizador, desenvolveram um trabalho absolutamente imparcial e rico, muito rico em emoções, em factos, em verdades que tanto custam. Uma reportagem que me encheu de esperança.
Uma palavra especial para a Diana e para a Inês. A Diana que, com a doçura própria dos 15 anos me deu a esperança de que o Gonçalo sempre me saberá amar e nunca me esquecerá. A Diana que me fez acreditar que o meu filho nunca acreditará se alguém lhe falar sobre mim, se alguém lhe disser algo que comigo nada tem haver. A Inês porque não desistiu e foi capaz de sorrir sempre e nunca, mas nunca pensou em si antes de pensar nos filhos. É isto que quero ser para o Gonçalo: Um bom pai que, por tanto o amar se limitará a lutar para o ter perto de si.
Acabei por me rever em tantas partes desta reportagem. Acabei por me lembrar de momentos e por me imaginar ali, em frente a uma jornalista a contar a minha história. Podia ter sido eu!
Eu sou exactamente aquele pai que há um ano não vê os filhos! Sim...eu sou como ele. Nós os dois temos uma mesma história. Apreciei a tranquilidade das suas palavras embora, com mágoa notei a tristeza no som da sua voz e no profundo do seu olhar. O Gonçalo tem 10 anos. Como seria se eu só o voltasse a ver aos 12 ou 13 anos? Não consigo imaginar o Gonçalo a não me acreditar. Aliás, estive, se bem se recordam 14 meses sem ver o meu filho e, no dia 6 de Dezembro de 2008 quando o abordei ele nem hesitou em acompanhar-me. Esta é a imagem que reservo e que me permite imaginar que sempre será assim.
Para a minha história eu escolheria um outro titulo porque, em boa verdade não me sinto em guerra. "Pai que não desiste de ser pai"!

domingo, 8 de novembro de 2009

Notícias...

Recebi dois e-mails da mãe do meu filho Gonçalo. Pasmem! Eu fiquei pasmado com o seu conteúdo, a vergonhosa forma de escrita e, principalmente com o vazio de notícias a simular notícias. Difícil, muito difícil de entender mas com o objectivo de sempre: Alienação parental!
No primeiro e-mail, logo após a falta à conferência de pais, a mãe do Gonçalo diz que o menino está bem de saúde e vai bem na escola!? Sim? Isso seixa-me feliz mas não descansado...Seis anos depois de tantas inverdades preciso dos comprovativos que o acordo lavrado em Tribunal prevê. Não confio na mãe do meu filho Gonçalo, não confio e não tenho porque confiar. Ademais, nesse tal e-mail ainda se diz que não tenho telefonado ao Gonçalo! Fantástico! É preciso ter muita falta de senso para escrever assim. Tenho ligado ao Gonçalo diariamente, quase sempre sem sucesso. Para o comprovar, porque estamos no meio de um tolo litígio, guardo as facturas das tentativas de chamadas que vão para o voice mail, do pagamento das sms e guardo ainda referência a datas, horas, locais onde estava, pessoas que testemunharam a tentativa de contacto e referência a contactos feitos de seguida também para amigos que estão em Angola, enfim tudo quanto servir para mostrar ao nosso filho que nunca desisti dele.
Respondi ao mail. Achei que era minha obrigação reiterar a necessidade que tenho de falar com o meu filho, de o ver, de trocar impressões com ele, de saber da sua saúde e desenvolvimento escolar. Recebi nova resposta...Estou com vontade de a colocar aqui.
Uma vez mais, com uma descuidada forma de escrita, mentiras, inverdades e...um vazio de notícias!
Passaram mais de dois anos, mais de dois anos!
A um domingo, com o João a sorrir ao meu lado e o meu pensamento a buscar sobre o que estará a fazer o Gonçalo.
No quarto do meu filho mais velho vai crescendo em número os presentes que aguardam a sua visita. Por cá estamos entusiasmados com o aproximar do mês de Dezembro e ansiosos por o voltar a abraçar, por com ele partilhar um milhão de novidades. Ao longo do ano fomos comprando uma ou outra coisa que achamos interessante e agora começamos a preparar o Natal...com muita saudade.

sábado, 7 de novembro de 2009

Verdade!

Não me apetece comentar directamente o comentário pouco educado que me deixaram no blog! Simplesmente não me apetece! Antes, estou com vontade de reflectir sobre os factos, sobre aquilo que qualquer pessoa pode saber, cuja verdade pode buscar e que, definitivamente ninguém pode inverter. A verdade é que, sem prescindir de tudo o resto, sem esquecer todos os episódios anteriores, desde Outubro de 2007 até hoje eu passei pouco mais de 15 dias com o meu filho Gonçalo! Esta é a verdade.Aliás, tudo o que se lê neste blog não é mais do que a verdade mas, pelo menos este pedaço, este pedaço de verdade qualquer um dos leitores pode buscar verificar sem dificuldade junto do Tribunal de Família e Menores do Porto.O João nasceu há mais de 5 meses e ainda não conhece o irmão, nunca o viu, nunca o ouviu. Desde o nascimento do João são imensas as vezes que tentamos o contacto telefónico com o Gonçalo com parco sucesso. Alguém terá a ilusão de esconder ou inverter a verdade? Talvez fosse possível fazê-lo mas...mais de dois anos depois já não se pode esconder uma tão violenta verdade. Pergunto como lidam as pessoas com isto?! Não questionam? Os familiares da mãe do Gonçalo, os meus ex sogros, o pai dos irmãos do meu filho mais velho, os pais deste, os irmãos deste, os amigos da família...ninguém questiona? Ninguém pergunta ao seu espelho: Qual será a verdade? Ninguém acha estranho que eu, a ser como me descrevem, tenha uma família tão estruturada, tão tranquila e completa? Em reflexão...o que me perturba é saber que um dia todos vão questionar, todos vão perceber a verdade mas, nesse dia já terão passado tempos e momentos. Nesse dia já terão passado pelo menos os 6 anos que ficaram para trás e nós, eu e o meu filho Gonçalo, já deixamos de poder beneficiar da companhia e do bom um do outro. Nessa altura já terão passados natais, aniversário, o nascimento do João e o Gonçalo, em todos esses momentos esteve privado de sorrir e aproveitar todas essas alegrias em nome de uma falsa verdade que...tão facilmente se prova ser falsa. Gente cobarde, gente incapaz de se olhar no espelho e perceber a verdade que ali está ao seu lado!