Uma palavra especial para a equipa que desenvolveu aquele trabalho. Parabéns! Parabéns porque, notoriamente, na óptica de alguém que pouco entende sobre jornalismos, em boa verdade na óptica de um utilizador, desenvolveram um trabalho absolutamente imparcial e rico, muito rico em emoções, em factos, em verdades que tanto custam. Uma reportagem que me encheu de esperança.
Uma palavra especial para a Diana e para a Inês. A Diana que, com a doçura própria dos 15 anos me deu a esperança de que o Gonçalo sempre me saberá amar e nunca me esquecerá. A Diana que me fez acreditar que o meu filho nunca acreditará se alguém lhe falar sobre mim, se alguém lhe disser algo que comigo nada tem haver. A Inês porque não desistiu e foi capaz de sorrir sempre e nunca, mas nunca pensou em si antes de pensar nos filhos. É isto que quero ser para o Gonçalo: Um bom pai que, por tanto o amar se limitará a lutar para o ter perto de si.
Acabei por me rever em tantas partes desta reportagem. Acabei por me lembrar de momentos e por me imaginar ali, em frente a uma jornalista a contar a minha história. Podia ter sido eu!
Eu sou exactamente aquele pai que há um ano não vê os filhos! Sim...eu sou como ele. Nós os dois temos uma mesma história. Apreciei a tranquilidade das suas palavras embora, com mágoa notei a tristeza no som da sua voz e no profundo do seu olhar. O Gonçalo tem 10 anos. Como seria se eu só o voltasse a ver aos 12 ou 13 anos? Não consigo imaginar o Gonçalo a não me acreditar. Aliás, estive, se bem se recordam 14 meses sem ver o meu filho e, no dia 6 de Dezembro de 2008 quando o abordei ele nem hesitou em acompanhar-me. Esta é a imagem que reservo e que me permite imaginar que sempre será assim.
Para a minha história eu escolheria um outro titulo porque, em boa verdade não me sinto em guerra. "Pai que não desiste de ser pai"!