sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O caminho mais fácil!

Ao observar uma série de pessoas à minha volta, acabei por chegar a uma conclusão que me surpreendeu: As pessoas escolhem sempre o caminho mais fácil!
Na verdade, vejamos a atitude da mãe do Gonçalo... Seria bem mais difícil assumir uma relação de respeito e cordialidade comigo e com a minha família; seria bem mais difícil aceitar que existiu um passado que culminou com o nascimento de uma criança; seria bem mais dificil manter a existência de uma vida diferente. Para mim, acreditem também seria mais confortável passar adiante e não ter que sujeitar a minha família, as pessoas que partilham os dias comigo a tanta acusação, loucura e desespero mas...NÃO! Não aceito tomar o caminho mais fácil! O meu caminho é aquele em que me encontro com os meus filhos, os meus dois filhos. Não admito facilidades e estou disposto a assumir e enfrentar todas as dificuldades mas...tenho dois filhos!

6 comentários:

Filipa disse...

Seguir o caminho mais fácil é um pensamento humano e racional, o pior é, que segui-lo, embora mais fácil nem sempre é o mais correcto, e nunca o é, quando essa opção envolve o sofrimento de outrem, e principalmente, quando se consubstancia na violação dos mais basilares direitos de uma criança (já para não falar nos não menos importantes direitos do pai) que lhe cabia proteger.

Um péssimo exemplo, que o Gonçalo inteligente como é, saberá sabiamente não assimilar.

Um beijinho grande para todos e força nesta tua luta tão desgastante ... mas por certo com um final feliz.

Martinha disse...

O caminho mais fácil, pode não ser tão fácil assim, uma vez que a sua família não está completa, falta 1 elemento e logo 1 filho...Sou mãe e penso que a sua situação não é nada fácil de resolver, dado que não há diálogo nem entendimento com a mãe do seu filho. Mas porque das suas palavras transborda muito amor para dar ao seu filho Gonçalo, jamais desista, afinal de contas falta 1 elemento na sua família.

Se me permite irei acompanhar o seu blog até a sua situação estar resolvida.

Martinha

Unknown disse...

Olá Sérgio!
A vida é uma luta, seja ela qual for! A sua é ter a presença física do Gonçalo na sua vida. A minha é tentar que o meu filho não se ausente apesar da sua presença física. É complicado...
Mas espero que continue a lutar pelo seu menino assim como eu luto para que o meu melhore.
Beijos nossos

MAPEREIRA disse...

Seguir as nossas convicções é sempre o melhor caminho. Fácil ou dificil, é a unica escolha com a qual conseguimos sobreviver a um mundo egoista e centrado no eu.

Teresa Peixoto disse...

Após ler este post, devo dizer que discordo completamente de que o caminho seguido pela mãe do Gonçalo seja o mais fácil. Senão vejamos: essa mulher passa a vida a fugir do tribunal inventando desculpas, passa a vida a tentar impedir o contacto entre Pai e Filho não passando as chamadas de um para o outro, passa a vida a fabricar uma realidade não existente de abandono e maus-tratos... Não seria mais fácil fazer as coisas direito e a bem? Tentar pôr de lado quaisquer dores ou divergências do passado, que não fazem mais do que minar por dentro quem as guarda?
Não consigo nem quero acreditar que bem no seu íntimo esta mulher não sofra nem um pouco com a dor e infelicidade que provoca ao filho!
O grande engano em tudo isto é que, ao contrário do que certas pessoas pensam, seria tudo bem mais fácil se feito da maneira correcta.
Beijinhos cheios de Luz!

fénix renascida disse...

Também eu tenho duas filhas, não apenas uma... ambas geradas no meu ventre! O mesmo ventre as acolheu, daí a enorme ligação que sentem, uma em relação à outra.
Eu soube há pouco que consta que tenho um meio-irmão, por parte do pai. Estou curiosa em o conhecer, mas irá ser difícil, visto que o meu pai -por vontade do meu avô- jamais o assumiu.
Agora o que eu sinto é que, se fosse por parte da mãe, a minha curiosidade seria ainda maior... ou, talvez, a minha ligação.Porque teríamos sido gerados pela mesma mulher!
Não raras vezes, uma mãe fala do tempo da gestação (tu mexias-te muito, o teu irmão nem tanto... e coisas assim), e é agradável -para nós, filhos- saber que partilhamos o mesmo ventre.
Irmão é irmão, é certo. Não gosto muito do termo meio-irmão. Mas vindo da mesma mãe -que é aquela que gera, dá à luz, amamenta, acarinha e cuida- tem uma outra carga.
Quem é mãe, sabe-o bem. E os filhos -ainda que inconscientemente- também.