quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Daqui por dez anos...


Como será daqui por dez anos?
O Gonçalo é uma criança de oito anos fruto do meu primeiro casamento. A guarda e o poder paternal do menino estão confiados à mãe sendo garantido à criança e ao pai um Regime de Visitas resultante de acordo judicial. Durante cerca de quatro anos nunca o Regime de Visitas foi integralmente cumprido. A mim, enquanto pai e ao Gonçalo foram sendo vedados direitos e impostos deveres absurdos. No dia 21 de Outubro de 2007 deixei, juntamente com a minha actual esposa o Gonçalo em casa da mãe...desde então nada sabemos dele! O Tribunal decidiu: O Gonçalo foi viver com a mãe algures em Angola...
Como será daqui por dez anos? Continuarei assim? Sem notícias?
O Gonçalo foi levado a meio do terceiro ano para um país que desconhece. Partiu na companhia da mãe que deixou em Portugal um filho mais novo. O Gonçalo foi embora e agora é-lhe vedado o contacto comigo, seu pai e com a família e os amigos paternos.
Guardo tudo o que é dele...guardo o sorriso e as palavras! O Gonçalo merece saber do pai...Como será daqui por dez anos?

11 comentários:

Anónimo disse...

Não há justiça em Portugal! Parece que ninguém se lembra mas, quando uma criança é concebida conta com um pai e com uma mãe. Eu conheço este pai! Ele merece o filho. O Gonçalo é uma criança viva e fantástica...Eu ouvi: O Gonçalo não queria sair de Portugal e até pediu ao pai para ficar. O Gonçalo pediu para não ir para Angola.
Força! Não desistam.

Anónimo disse...

E porque não pôr o nome do menino (completo) com o nome da mãe e quem a acompanha nessa loucura a Angola? Há pessoas que lá estão e que podiam ajudar...

Anónimo disse...

É de uma brutalidade e enorme egoísmo utilizar a inocência deste menino para simplesmente chamar á atenção, conseguir os seus intentos sórdidos....
Como é que uma "mãe" coloca um filho numa situação destas e mais ainda..abandona outro filho em Portugal....k justiça é a nossa k dá a guarda desta criança a uma mãe k conta no curriculo um abandono??

Infelizmente é a justiça k temos...

espero sinceramente k este pesadelo tenha um fim próximo, para o Gonçalo...e para este pai...k não pede miuto..apenas k o deixem ser pai!!

Anónimo disse...

O amor que se tem por um filho ultrapassa o tempo, as distâncias, as barreiras, os obstáculos, as leis... Pena é que esse mesmo amor não seja respeitado pela mãe que com o seu egoísmo atenta contra um dos maiores direitos da criança: o de ter mãe e PAI.
Por vezes achamos que Deus nos abandonou principalmente quando o caminho se tornou mais duro. Eu acredito que Ele tratará de repôr a justiça.
Muita Força e Fé!

Pedro Mó disse...

Grande homem!

Não desistas de quem nunca desistirá de ti!

Como sabes partilho e compreendo essa dor, essa revolta, esse nó na garganta...

Ser pai em Portugal é estar à mercê da (in)sanidade da mãe.

O meu Gonçalo já tem 6 anos e já nessa altura travavas essa batalha, sempre com pormenores "incriveis" por parte dela.

Mereces tudo de bom e o Gonçalo ao teu lado.

Em Portugal tem de ser tudo publicitado e este blog é quem sabe o primeiro passo.

Grande Abraço

Anónimo disse...

Estás a dizer que a mãe deixou em Portugal o outro filho, não me admiro nada, o que ela te fez e o que fez ao Gonçalo, também o faz ao outro filho, foi mais um que veio ao mundo para sofrer nas mão daquela coisa, desculpem de dizer coisa, mas mulher é que ela não é, eu sou mulher e luto para que o pai dos meus filhos esteja mais presente do que aquilo que está, porque num divorcio, nós, separamo-nos como marido e mulher, mas nunca mais nos podemos separar como pais, devemos estar ambos presentes, para que assim os nossos filhos cresçam em paz e harmonia, pois eles são o futuro do amanhã. mais uma vez força, conta comigo.

Anónimo disse...

nunca desistas!

Anónimo disse...

É nestes casos que eu acredito que um programa de televisão pode ajudar. Há uma série de programas e jornalistas que se encantariam com uma história assim. Se conseguir extrair daí, nem que seja apenas uma única oportunidade de contacto, capaz de mostrar ao seu filho tudo o que tem feito para o reencontar, creio que valerá a pena.

Já passei por uma situação semelhante e aquilo que mais me fazia sentir impotente era o pensar que o meu filho poderia intrepretar o meu silêncio como indiferença da minha parte. A verdade é que a mãe do seu filho ajudará para que isso aconteça.

Mas não desanime. Tudo o que tem feito e continuará a fazer, há-de levá-lo até ao seu filho, de uma maneira ou de outra. Mais cedo, ou mais tarde, tudo se esclarece e não vão faltar provas 1º das mentiras da mãe e 2º do seu amor incansável.

O meu filho tinha 8 anos, quando o pai (de quem eu estava divorciada) o afastou de mim. Contou-lhe mentiras horríveis sobre mim, impediu-me de o contactar por telefone, proibiu a minha entrada na escola inventando histórias às professoras e funcionárias. Só os amigos sabiam que era tudo mentira. Mas o meu pequeno filho, que apenas tinha oito anos e adorava a sua mãe de paixão, acreditou e deixou-se levar e comprar. Desde o início que lhe foram ocultadas as minhas tentativas de contacto, pelo que lhe era dito: "Estás a ver? Ela não quer saber de ti!" Ele acreditou. Quando, finalmente, mais tarde, consegui falar com ele, era já ele que não queria falar comigo. Tão pouco me queria ver. Foi, como há-de compreender, a fase pior da minha vida. Não fui para Tribunal. Sabe porquê? Porque era o meu filho que não queria estar comigo. E muito me preocupava a má formação que ele teria pela frente.
Resolvi esperar. Sofri do pior (anos). Não fiz um blogg, mas tinhas cartas escritas a ele, toda uma série de coisas onde eu descarregava o meu enorme desespero. Por várias vezes pensei que não valia a pena viver assim. Mas eu continuava à espera. Acreditei.

Há cerca de 1 ano, a verdade veio ao de cima e ele começou a juntar A + B e apercebeu-se do pai que tem.

Há coisas que só se aprendem e se veem com os próprios olhos. Não adiantam as palavras.

No caso do seu filho, ele queria estar consigo, é óbvio. Tente tudo, até achar que a sua consciência está tranquila, porque tudo tentou, tudo fez. Isso é muito importante para a sua sanidade mental.

Boa sorte. Não desista. Todo o seu esforço, mais cedo ou mais tarde, chegará ao conhecimento do seu filho, por si ou por outro alguém. E ele não terá sempre 8 anos. Dê a volta ao Mundo, se necessário.

Desejo-lhe em breve reencontro com o seu filho.

Filho para sempre disse...

Cara Sara,
Não quero deixar de lhe responder, individualmente. Como é natural, para mim é muito importante o apoio de todos. Não obstante, devo dizer-lhe que me emocionei ao ler o seu testemunho. Que a minha história possa, em breve ter um fim idêntico à sua! Que o Gonçalo volte a estar comigo como o seu filhote voltou para si. Um abraço solidário e o meu sincero obrigado minha amiga, Sérgio.

Anónimo disse...

Força.

Anónimo disse...

Eu não consigo conceber o que será a dor mais intensa que uma pessoa poderá atingir nesta vida, mas afastar um pai de um filho é de facto uma das atitudes mais “reles” que se possa ter …
Apenas se pode continuar a viver por vingança. Um sentimento conotado como ruim e desprezível, mas que tem uma força abismal quando entra na mente vazia de uma pessoa magoada.
Mas recordando um pouco desse menino…
Recordo-me de Gonçalinho Possuidor de um sorriso apaixonante… Menino com muita vontade de viver, e como qualquer criança louco pelo seu pai…. Sabem aquela sensação quando estamos de fora e olhamos para alguém com um orgulho imenso…. Como se “ele” (PAI) fosse simplesmente único… o meu pai…. Gonçalo é assim apesar da separação dos seus pai ele soube distinguir amor de mãe de amor de pai… acredito que os laços nunca se desfaçam …. A menos como é o caso alguém o obrigue… mas acredito na vida acredito que a natureza vence sempre… Gonçalo esta a sofrer com a distancia do pai que não é qualquer pai mas sim o pai do Gonçalo….
Sérgio … Quanto a ti só te posso desejar muita força e nunca desistas… o Gonçalo precisa muito de ti… FORÇA!!